sábado, 2 de fevereiro de 2013

Espuma que pegou fogo na boate Kiss pode ter sido reaproveitada de outro estabelecimento

1/2/2013 às 22h22 (Atualizado em 1/2/2013 às 23h59)

Espuma que pegou fogo na boate Kiss pode ter sido reaproveitada de outro estabelecimento

Polícia ainda procura quem assinou o plano de prevenção e combate a incêndio da casa noturna

Do Jornal da Record
Ricardo Moraes/ReutersInvestigações revelam que suspeitos podem ter assumido o risco de matar mais de 200 pessoas por asfixia
Investigações apontam que a espuma que revestia o teto da  boate Kiss, em Santa Maria (RS), pode ter sido reaproveitada de outro estabelecimento. O material teria sido instalado por um funcionário da casa. O local pegou fogo na madrugada do último domingo (27) e matou ao menos 236 pessoas.
A polícia procura também descobrir quem seria o responsável técnico pelo plano de prevenção e combate a incêndio da boate. A assinatura do engenheiro, que deveria constar na documentação enviada pelos bombeiros, não foi encontrada. Os quatro suspeitos no envolvimento do incêndio devem continuar presos por pelo menos mais 30 dias.
As provas recolhidas desde o início das investigações indicam que eles assumiram o risco de causar morte por asfixia em mais de 200 pessoas. Em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (1º), o delegado Sandro Meinerz, que atua nas investigações do incêndio, citou uma entrevista dada por um dos sócios da casa a um jornal local, em que ele afirmava ter recebido na boate mais pessoas do que o limite estabelecido.
— Há notícia veiculada em jornal local em que o dono da boate disse que, em uma determinada oportunidade, havia 1.400 pessoas [na boate]. Isso pouco mais de seis meses atrás. Também nesta sexta-feira, a polícia cumpriu um novo mandado de busca e apreensão na casa de Elissandro Spohr.
Em entrevista ao Jornal da Record, o promotor José Oliveira Dutra lembrou que as informações de testemunhas que afirmam terem visto os seguranças impedindo a saída de parte do público podem incluir mais pessoas nas investigações.
— As notícias dão conta de que os seguranças, em um primeiro momento, impediram a saída das pessoas por cerca de um minuto, o que foi fundamental pra que muito mais pessoas morressem além daquelas que poderiam ter morrido. Esse é uma das hipóteses que pode trazer muito mais pessoas para dentro do processo.

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