mas vós sois a geração eleita, o sarcedocio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis a virtude daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 1ºpedro 2:9
Manifestantes acampados na frente do
prédio de Cabral são retirados do local
Grupo acusa PM de destruir pertencer levados para delegacia.
Ator Carlos Vereza presta solidariedade e critica PM: 'Covardia
inacreditável'
Marcello Victor
Rio - Policiais do 23º BPM (Leblon) destruíram o acampamento de manifestantes
do movimento "Ocupa Cabral", no Leblon, Zona Sul da cidade, na madrugada desta
terça-feira. O grupo ocupava um trecho da rua onde mora o governador do Rio,
Sérgio Cabral, desde 21 de junho. Um dos integrantes foi detido acusado de
quebrar o vidro de uma viatura da PM.
A mulher de um dos 14 bombeiros expulsos da corporação após os
protestos da categoria em 2012 passou mal e teve que ser medicada. O ator Carlos
Vereza esteve na 14ª DP (Leblon) prestando solidariedade aos jovens. Eles devem
se reunir ainda nesta terça para decidir se voltam ao local. A Polícia Militar
ainda não se se pronunciou sobre o caso.
Manifestantes foram levados à delegacia
Foto:
Osvaldo Praddo / Agência O Dia
A desocupação aconteceu menos de 24 horas após a divulgação dos
números da pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no jornal 'Folha de S.
Paulo desta segunda-feira, revelando a queda acentuada de popularidade de Cabral
e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, após início da onda de manifestações
populares de junho.
À tarde, o secretário estadual de Assistência Social e Direitos
Humanos, Zaqueu Teixeira, esteve no local para negociar a retirada do grupo, mas
não houve acordo. O "Ocupa Cabral" reivindica uma reunião com o governador para
a apresentação de uma pauta de reivindicações nas áreas da Saúde, Educação,
Transporte, Segurança Pública e relativas à corrupção.
Grupo reclama de truculência da Polícia
Militar
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Segundo a estudante Luiza Dreyer, de 22 anos, cerca de 15 pessoas
ocupavam cerca de 10 barracas na Rua Aristides Espíndola, enquanto outros tinham
ido em suas residências buscar mantimentos e retornariam pela manhã. Os
policiais e os agentes chegaram por volta das 2h, em cerca de 15 viaturas e
vans.
Ela contou que todos já estavam dormindo quando foram surpreendidos. Barracas
foram destruídas, colchões, mantimentos, cadeiras de praia, isopores, roupas de
cama, material de higiene e pertences dos manifestantes foram colocados em vans
da Seop e levados para a 14ª DP.
"Houve muita violência dos policiais. Não física, mas psicológica, moral.
Vieram em um horário estratégico, quando todos estavam dormindo, de madrugada,
chovendo e sem a presença da imprensa. Foram metendo a mão em tudo", relembrou
Luiza, garantindo que o grupo não vai desistir de protestar enquanto não houver
uma reunião com o governador.
Ela afirmou que o movimento já convocou nas redes sociais os manifestantes e
simpatizantes que apóiam a causa. Eles devem se reunir ainda nesta terça-feira
para decidir se voltam a ocupar a rua onde mora Cabral.
O ex-sargento do Corpo de Bombeiros, Paulo Nascimento, de 44 anos, afirmou
que os policiais disseram que a desocupação do acampamento tinha sido ordenada
pelo governador. Ele disse que conseguiu com outro colega evitar uma ação mais
violenta da polícia, como a utilização de gás de pimenta. A mulher dele, Josefa
Maria, de 33 anos, que o acompanhava, teve um aumento na pressão arterial. Ela
foi socorrida por uma ambulãncia do Samu e medicada na Coordenação de Emergência
Regional (CER) Nova Monteiro, no Leblon. Acusado de depredar viatura paga fiança de R$ 800
"Esse é mais um 'presente' que eu ganho no Dia do Bombeiro", ironizou o
ex-sargento, se referindo data comemorativa nacional da categoria, cleebrada
nesta terça. Ele foi expulso da corporação em 2012 com mais outros 13 militares,
após as manifestações da categoria por aumento de salários e melhoria das
condições de trabalho.
De acordo com Raul Lins e Silva, integrante da Comissão de Direitos Humanos
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que acompanhou a ocorrência na
delegacia, o pintor Jair Rodrigues, de 37 anos, foi autuado por dano ao
patrimônio. Ele foi acusado de quebrar o vidro de uma viatura da PM. Jair foi
liberado após prestar depoimento e de uma 'vaquinha' feita por amigos e
simpatizantes para angariar R$ 800, valor estipulado para o pagamento da fiança.
A polícia vai ouvir os manifestantes sobre possíveis excessos cometidos pela
Polícia Militar. Vereza: 'Covardia inacreditável'
Surpreendido com a desocupação do acampamento, o ator Carlos Vereza, de 74
anos, esteve na 14ª DP prestando solidariedade aos manifestantes. Ele filmou os
pertences do acampamento que foram destruídos e estavam na entrada da delegacia
e conversou com os estudantes.
Ator Carlos Vereza foi prestar solidariedade aos
manifestantes em delegacia
Foto: Osvaldo Praddo / Agência O
Dia
Segundo o ator, ele estava em casa e teve um pressentimento. Ao
abrir o computador, ele leu relato dos manifestantes retirados da rua do
governador, convocando os simpatizantes do movimento a irem para a delegacia.
Vereza contou que há dois dias filmou o acampamento e a ocupação no Leblon. Ele
disse ter um vídeo gravado em que PMs são unânimes em dizer que os jovens e o
movimento eram pacíficos.
"Foi uma covardia inacreditável. Não justifica. Eles têm o direito de falar
com o governador. Ele deve estar abalado por ter caído 20 pontos na pesquisa do
Datafolha e mandou fazer isso. É mais fácil encontrá-lo em Paris", provocou
Carlos Vereza, que é espírita e interpretou Bezerra de Menezes, no fimle
homônimo em 2008. Antes, o ator esteve na rua onde o governador mora. Ele disse
que o local parece uma ocupação de guerrilha com a presença da PM.
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