Em fevereiro, militares sofreram 90 ataques
nos complexos do Alemão e da Penha
Moradores e traficantes atiraram paus, pedras e foram disparados tiros de fuzil
Marcelo Bastos/R7
![bomba (Marcelo Bastos/R7) bomba](http://i1.r7.com/data/files/2C95/948F/3607/4844/0136/0853/7B39/5F93/bomba450.jpg)
Bombas caseiras com lâminas e bolas de gude e fogos são usados em ataques contra militares na Penha e no Alemão
Em 30 dias, os militares da Força de Pacificação que ocupam os complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, já foram atacados por traficantes e moradores 90 vezes. A média é de três casos de agressão por dia, segundo o coronel Fernando Fantazzini, chefe do setor de comunicação social.
Veja imagens da apreensão
- Somos atacados de diversas formas. Levamos pedradas, tijoladas, pauladas e tiros de pistola e até de fuzil. De madrugada a situação é mais crítica. Também nos atiram fogos e bombas. Recentemente, um militar foi alvo de um bloco de concreto e, ao se proteger, teve um dedo quebrado.
Para o oficial, o aumento do comportamento hostil de parte dos moradores das duas regiões tem relação direta com a intensificação do patrulhamento. Segundo ele, os traficantes são muito jovens e não têm uma liderança dentro das comunidades.
- Nós passamos a atuar em lugares onde geralmente não iríamos. Passamos a entrar com maior frequência em becos estreitos, nas partes mais altas. Chegamos ao topo e vamos patrulhando de cima para baixo. Sabemos que esse sufoco incomoda o tráfico de drogas, que passa a vender menos e tem prejuízo. No sábado uma pessoa atirou contra nós uma bomba com pólvora, vidro e lâminas de barbear. Ela foi presa e autuada por tentativa de homicídio, porque um artefato desse tipo mata.
O oficial também relatou o caso de um militar que ficou temporariamente sem a audição, também devido a uma bomba arremessada contra uma equipe de militares. Ele disse que, desde que as tropas de São Paulo e do Rio Grande do Sul chegaram ao Alemão e à Penha, cerca de 20 pessoas já foram detidas por agressões contra militares.
Chefe do tráfico participou de festa no Carnaval
- Somos atacados de diversas formas. Levamos pedradas, tijoladas, pauladas e tiros de pistola e até de fuzil. De madrugada a situação é mais crítica. Também nos atiram fogos e bombas. Recentemente, um militar foi alvo de um bloco de concreto e, ao se proteger, teve um dedo quebrado.
Para o oficial, o aumento do comportamento hostil de parte dos moradores das duas regiões tem relação direta com a intensificação do patrulhamento. Segundo ele, os traficantes são muito jovens e não têm uma liderança dentro das comunidades.
- Nós passamos a atuar em lugares onde geralmente não iríamos. Passamos a entrar com maior frequência em becos estreitos, nas partes mais altas. Chegamos ao topo e vamos patrulhando de cima para baixo. Sabemos que esse sufoco incomoda o tráfico de drogas, que passa a vender menos e tem prejuízo. No sábado uma pessoa atirou contra nós uma bomba com pólvora, vidro e lâminas de barbear. Ela foi presa e autuada por tentativa de homicídio, porque um artefato desse tipo mata.
O oficial também relatou o caso de um militar que ficou temporariamente sem a audição, também devido a uma bomba arremessada contra uma equipe de militares. Ele disse que, desde que as tropas de São Paulo e do Rio Grande do Sul chegaram ao Alemão e à Penha, cerca de 20 pessoas já foram detidas por agressões contra militares.
Chefe do tráfico participou de festa no Carnaval
Fantazzini também confirmou uma informação que vem sendo investigada pela Polícia Civil. Segundo ele, o chefe do tráfico no Complexo do Alemão, Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, participou de uma festa na comunidade durante o Carnaval.
- Recebemos a informação sobre a presença do Pezão e montamos uma operação. Não era uma festa de Carnaval. Era um baile funk com cerca 300 pessoas, feito para o Pezão na praça da Torre, no Alemão. Assim que nos aproximamos, houve uma quebradeira generalizada, um tumulto sem explicação e ele conseguiu escapar. Pelas nossas informações de inteligência, temos certeza de que ele esteve lá.
- Recebemos a informação sobre a presença do Pezão e montamos uma operação. Não era uma festa de Carnaval. Era um baile funk com cerca 300 pessoas, feito para o Pezão na praça da Torre, no Alemão. Assim que nos aproximamos, houve uma quebradeira generalizada, um tumulto sem explicação e ele conseguiu escapar. Pelas nossas informações de inteligência, temos certeza de que ele esteve lá.
Substituição de tropa
No fim deste mês, as tropas do Exército começam a ser substituídas por Policiais Militares. O trabalho, que vai ocorrer de forma gradual, será concluído em junho deste ano, quando deve ser inaugurada uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, antes da instalação, os conjuntos de favelas da Penha e do alemão devem passar por varreduras, a exemplo do que ocorreu em todas as outras comunidades com UPP. As buscas por armas e drogas serão realizadas pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) e pelo BPChoq ( Batalhão de Choque).
O trabalho é necessário porque, apesar de as favelas já estarem ocupadas, as tropas continuam apreendendo armas e drogas. Somente no mês de fevereiro, de acordo com o Exército, foram encontrados 6.000 papelotes de cocaína nos conjuntos de favelas.
Assista ao vídeo:
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