Greve da PM põe em xeque carnaval da Bahia
Conselho formado por entidades da festa está reunido no Hotel Othon para avaliar situação
SALVADOR - O Conselho do Carnaval, que é composto por entidades de organização da festa na Bahia, está reunido na tarde desta quarta-feira no Hotel Otton, em Salvador, para decidir o que fazer diante da paralisação da Polícia Militar. A greve já fez com que diversos eventos fossem cancelados na capital baiana, como shows de Ivete Sangalo, Daniela Mercury e da Banda Eva.
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Acaba sem acordo negociação entre grevistas e governo da Bahia
O governo do estado está divulgando uma nota na mídia local conclamando os grevistas a voltar ao trabalho e reafirmando a proposta de terça-feira, feita durante uma tentativa de negociação mediada pelo arcebispo Dom Murilo Krieger. Ela consiste no pagamento da Gratificação de Atividade Policial 4 (GAP 4), a partir de novembro deste ano, e da GAP 5, parceladamente entre 2013 e 2015. A nota garante que essas gratificações, tomadas aos 6,5% de reajuste concedido a todo o funcionalismo público, representarão um aumento de 38% nos vencimentos dos PMs.
Nesta quarta, o Exército aumentou as restrições de acesso ao Centro Administrativo da Bahia (CAP), onde fica a Assembleia Legislativa, ocupada há nove dias pelos grevistas. Parentes e colegas de PMs invasores foram impedidos de entrar, bem como o acesso de alimentos foi vetado. Durante a manhã, um helicóptero militar pousou no gramado em frente à assembleia, onde há um grupo de manifestantes a favor dos grevistas, isolados pela Polícia do Exército, sem contato com os acampados na assembleia.
Jaques Wagner garantiu segurança no carnaval de Salvador
Preocupado com a situação, o governador Jaques Wagner disse, na segunda-feira, que a segurança “da maior festa do mundo” está garantida. Para isso, diz contar com dois aliados: o orgulho do policial baiano, que conseguiu manter os seis quilômetros de rotas dos trios, sem registrar um único homicídio nos últimos quatro anos, e a gratificação prevista para quem trabalhar no carnaval, descrita pelo governador como “quase um 14º salário”. ( SÓ OS FROUXOS FICARÃO)
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