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Dedo de Deus: Polícia Civil já contabilizou R$ 3,9 milhões apreendidos

Rio - A Polícia Civil divulgou, no início da noite desta terça-feira, que já foram contabilizados, até o momento, R$ 3.914.080,00 apreendidos dentro de uma mansão na Barra da tijuca, na Zona Oeste, durante a operação Dedo de Deus. A casa que está no nome de um tio do contraventor Helinho de Oliveira e as notas foram encontradas em sacos escondidos dentro do esgoto, em vasos sanitários, buracos na parede e no quintal da propriedade, entre outros locais. Helinho de Oliveira segue foragido.

>> FOTOGALERIA: Confira imagens da apreensão na casa do tio de Helinho  

Civil encontrou dinheiro na casa de tio de Helinho | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Segundo a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, o dinheiro foi enviado a um banco para que pudesse ser contado. Ao término desta operação, o total apreendido será depositado em uma conta na justiça.

A casa, localizada em um condomínio de luxo, está avaliada em R$ 5 milhões. Os agentes precisaram esperar por por um mandado de busca e apreensão durante horas, na noite de segunda, para que pudesse conseguir vasculhar o local. Além do dinheiro, papéis de contabilidade e documentos destruídos foram encontrados dentro esgoto. Uma réplica de um fuzil AK-47 também foi apreendido na propriedade. Um dos advogados do presidente da escola de samba Grande Rio recebeu voz de prisão. Ele passou a noite dentro da casa e teria destruído documentos. A polícia chegou a quebrar partes do teto para procurar outras provas.

Durante a manhã, o tenente da Polícia Militar João André Ferreira, lotado na Diretoria Geral de Pessoal (DGP) da Polícia Militar, foi preso em sua casa, na Ilha do Governador, acusado de integrar uma quadrilha ligada à contravenção. Um mandado de prisão também foi expedido contra o capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, também do DGP, pelo mesmo motivo, mas ele não foi encontrado em seu apartamento, na Barra da Tijuca.

Documentos rasgatos foram encontrados no esgoto | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Operação Dedo de Deus

A ação, planejada pela subsecretaria de Inteligência da secretaria de Segurança Pública, com apoio da Corregedoria Geral Unificada (CGU) e da Corregedoria Interna da Polícia Militar, é um desmembramento da Operação Dedo de Deus.

Operação Dedo de Deus

No último dia 15, policiais apreenderam documentos na mansão de Helinho em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele era um dos alvos da operação realizada agentes da Polícia Civil.

Os policiais arrombaram o portão principal que dá acesso ao terreno da mansão e vasculharam o local, incluindo caçambas de lixo para ver se algo havia sido jogado fora rapidamente. Três veículos, um Corola preto, um Cross Fox e um Fusca, que estavam na garagem foram vistoriados.

Dinheiro apreendido foi levado para chefia da Polícia Civil | Foto: Severino Silva/ O Dia

A ação, batizada de "Dedo de Deus", visava cumprir 60 mandados de prisão e 139 de busca e apreensão. Luizinho Drumond, presidente da Imperatriz Leopoldinense e Helinho de Oliveira, presidente da Grande Rio são procurados pela polícia. Anísio Abraão David, da Beija-Flor, também continua foragido.